sábado, 25 de dezembro de 2021

Lições da greve na General Motors * Centro de Estudos Victor Meyer

LIÇÕES DA GREVE NA GENERAL MOTORS

Em outubro de 2021, ocorreu uma importante luta operária em nosso país: a greve na GM de São Caetano do Sul, analisada aqui pelo Coletivo Cem Flores. Por quase 15 dias, milhares de operários e operárias daquela fábrica resistiram aos ataques dos patrões, contra o arrocho salarial e em defesa de suas conquistas. Tornaram-se assim exemplos e símbolos de luta nessa conjuntura tão dura para todas as classes trabalhadoras, de pandemia, desemprego, carestia, miséria, forte repressão e recuo das greves.

A força da greve, construída pela força e união da base, atropelando em vários momentos a direção pelega do sindicato, arrancou importantes vitórias, como o reajuste salarial integral e a manutenção da garantia de emprego aos acidentados no trabalho. Demonstrou assim a possibilidade de fazer o inimigo recuar através da luta. Essa é, para nós, a maior lição. O caminho para revertemos a deterioração de nossas condições de vida é o da luta e da organização, nos locais de trabalho e de moradia.

Mas para o avanço do proletariado na luta de classes, há que se destacar também os vários limites presentes nas atuais batalhas, provenientes de um nível recuado do movimento sindical, hegemonizada pelo peleguismo e sob forte controle estatal, e da baixa organização das massas como um todo. E sobre essas lições e limites, a serem superados na prática, pelas operárias e operários, no enfrentamento concreto contra o capital e seus comparsas, indicamos abaixo a avaliação da greve na GM dos camaradas do Centro de Estudos Victor Meyer (CVM).

Os camaradas, que também participaram recentemente de uma live sobre a greve na TV A Comuna, trazem uma rica avaliação do processo de mobilização na GM. Primeiro destacando o contexto da greve, a partir das estratégias patronais e dos limites gerados à luta da classe operária pelo atual aparelho sindical. Depois, relata o desenvolvimento da data-base que desencadeou a greve, o papel dos pelegos, e a postura dos trabalhadores e das trabalhadoras na mobilização. Por fim, realiza um balanço das conquistas e limites da greve. São vários os desafios para a luta operária contra o capital hoje no país, como o texto aponta. Dentre eles, o reforço dos grupos operários nas fábricas e da solidariedade ativa entre as categorias e unidades produtivas.

CONTINUA

A greve na General Motors em São Caetano do Sul: o que uma experiência isolada traz de ensinamentos para o futuro da luta operária? – CEM FLORES

segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

O ESTADO POLICIAL MILITARIZADO E A EMERGÊNCIA COMO NOVA MOEDA DO CAPITAL * COMUNA DA EMERGÊNCIA

O ESTADO POLICIAL MILITARIZADO E A EMERGÊNCIA COMO NOVA MOEDA DO CAPITAL
COMUNA DA EMERGÊNCIA

O Projeto Neoliberal ultradireitista continua de forma vertiginosa a degradação dos pseudos-avanços sociais concedidos no jogo das conformações da social democracia conciliatória e demagógica que tanto alimentou as esquerdas ingênuas de que avançavam em caminhos da revolução gradual.

Entretanto, o poder econômico jamais se absteve de manter a hegemonia militarista, das Polícias Militares como meio de controle social e exercer a pressão sobre as classes trabalhadoras sem ser, necessariamente, esta observação uma redundância, mas o reflexo de algo imperceptível, pois que as esquerdas e movimentos sociais observam somente conceitos como: garantia da lei e da ordem no bojo da segurança pública, desprezando os Corpos de Bombeiros Militares, igualmente instituições organizadas com o modelo francês de polícia, contudo lidam com o atendimento de emergências de incêndios e acidentes, por exemplo, os quais tanto afetam a humanidade de forma desigual, e muito mais contundente aos trabalhadores em suas existências vivenciadas na vulnerabilidade a riscos e perigos que originados na incapacidade do capitalismo ofertar condições dignas de vida material a classes exploradas.

Após 2016 as investidas das Instituições Policiais Militares e Corpos de Bombeiros passaram a exercer a pressão aos populares nas atividades ligadas a emergência com implementação de meios de coibir e alienar sistematicamente pessoas e associações civis de Bombeiros Civis e Voluntárias na esteira da onda da intervenção militar.

O que culminou com o retorno da PL 4363/2001, logo após o fracasso da tentativa da tomada do poder de forma vitalícia por Bolsonaro em 07 setembro de 2021, justamente devido a apatia e inércia do Bombeiros Civis; Emergencistas; Movimentos Sociais; Organizações Sociais; Bombeiros Voluntários; Entidades de Classe; Sindicato Pessoas Físicas e Jurídicas como Escolas Profissionalizantes e Universidades que ofertam ensino na área de Emergência e Proteção Civil, diante do recrudescimento dos assédios e avanços do sistema decrépito e senil militarista na gestão pública da Segurança e Proteção Civil, baseada na organização corporativista e carreirista das instituições policiais e corpos de bombeiros militares do país com o apoio do Presidente da República e seu séquito de Militares e Bancada da Bala.

O Projeto traz em seu cerne a ideia da Lei Orgânica, das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares travestindo estas instituições enferrujadas em modelo oitocentista de organização militar em uma atmosfera de inovação que serve de cortina de fumaça a esconder a sanha por poder de dominação do oficialato em detrimento da autonomia popular no direito de desenvolvimento a novas alternativas de serviços de Bombeiros, além da gestão e controle participativo social das policias militares, além do da total desvalorização das praças, verdadeiros trabalhadores destas instituições, tratados pela nobreza do oficialato como uma das últimas carreiras profissionais tratadas como escravos, igual ao passado obscuro do país.

Diante disto, se torna essencial observar a cupidez pelo poder hegemônico que com astúcia dos deputados federais estabelecem os interesses dos oficiais, para aumentar remunerações, influência nos conchavos políticos como se vê:

Criação de mais três supercargos Tenente-general, Major-general e Brigadeiro-general, com mínimo de 10 por estado e número crescentes destes ao longo dos anos;

Inexistência da fiscalização pela sociedade civil;

Retirada do poder dos governos estaduais que deverão seguir uma lista tríplice de possíveis comandantes-gerais indicados pelos próprios oficiais de alta patente;

Os oficiais de cargos de generais e comandantes escolherão as formas de atuação e planejamento das Polícias e Corpos de Bombeiros;

Para demitir e exonerar os comandantes-gerais os governos dos estados terão de prestar contas e justificar a decisão, ou seja, um jogo de beija mão político dos oficiais.

As Polícias Militares e Corpos de Bombeiros passam a exercer controle e fiscalização em edificações e uso e parcelamento do solo, em possível favorecimento ao poder econômico em detrimento a movimentos sociais de moradias e reforma agrária;

Fortalecimento da blindagem a abusos policiais com julgamentos, inclusive dos crimes militares contra civis em tribunais de Justiça Militar;

Aumento da Militarização na educação através da captação de recursos do ensino e para seus projetos de educação e não subordinação a Secretarias Estaduais e Municipais nos processos de ampliação de escolas cívico-militar;

O Corpos de Bombeiros Militares passam a determinar o que pode ser produzido e vendido, mediante processo e normatizações próprias;

Podem implementar mecanismo de ensino e avaliação de produtos, pessoas e ensino, inclusive privado e ditar até a forma da organização social e profissional de Bombeiros Civis e Voluntários;

Passa a exercer poder de polícia judiciária militar sobre reuniões públicas, levantamento de dados de pessoas e movimentos, qual a lógica disto para Bombeiros;

Suprimirão autonomias profissionais de categorias de Bombeiros civis e voluntários;

Ditarão quem pode ou não exercer a função de bombeiros ou emergencista nas cidades de acordo com o poder de conveniar com os municípios;

Proibirão, supostas cores e supostos símbolos que consideram de sua área, pois que tratam como exclusividade da instituição militar;

Proibirão o uso do nome BOMBEIRO, BOMBEIROS e CORPOS DE BOMBEIROS;

Invadirão a competência de órgão e organizações como o INMETRO, ABNT, MTB, IPEA, Associações de Categorias e Sindicatos;

Universidades, além de ter sua qualidade de pesquisadoras invadidas também terão espécie de subordinação nos cursos e formações voltadas as áreas de segurança, emergência e Proteção Civil.

A PL 4363/2001 procura constituir Polícias e Bombeiro Militares com auto regulação e autonomia sobre tudo e todos, extremamente militarizada estamental em aspectos nobiliárquico com direito a um Conselho Nacional de Comandantes de Polícias Militares e Bombeiros Militares, 56 transitando entre cadeiras cativas em todos espaços do país que lidam com questões das respectivas áreas, além de direito a cadeira nos Ministérios da Defesa, Segurança e Justiça. Instituições permeadas de mecanismos de coibir a independência de praças e levando a sociedade civil a policiais de 3 classes.

Em pleno mundo de aumento de temperatura e exponencial intensificação de desastre a iniciativas sociais serão perseguidas e sofrerão cerceamentos e precarização como tem acontecido nas voluntarizações de pessoas para atuar como bombeiros civis subalternos e voluntários de organizações militares. Na prática a PL produzirá um organismo corporativista e tirando que deixará o Estado e refém de categorias policiais de alta patente, e provavelmente será uma instituição que pretende concorrer como um poder paralelo aos poderes executivo, legislativo e judiciário.

Neste sentido a pressão sobre pessoas, organizações, movimentos sociais que tentam construir pontes e se torna meios de ofertar prevenção e atendimento de emergência em processo de popularização junto as suas comunidades, estarão em declínio até provável extinção devido a perseguição neste novo mercado de onde vida são mais-valias e o lucro são o prestígio hegemonia com pitadas de altos salários, com as pessoas e o Estado reféns na sanha de medida de domínio perpetuando o poder dos oficiais.
***

domingo, 24 de outubro de 2021

A origem do termo Gari * Joel Paviotti

 A origem do termo Gari 

Um gari limpa a praça Marechal Floriano, no Rio de Janeiro, durante meados dos anos 30.

O gari é um dos profissionais mais importantes da vida urbana. Sem eles, seria muito, muito complicado, manter a convivência social e a saúde pública. 

O nome gari, dado no Brasil aos limpadores de rua, tem sua curiosa origem datada da época do Império Brasileiro. Logo após a chegada da família real ao Brasil, foi instituído o setor de "desempachamento" das ruas. A palavra, vinda do francês foi importada junto com o termo "higiene" que não existia no nosso país até então. 

Para implantar a limpeza das ruas, o Império Brasileiro contratou o francês Aleixo Gary, dono de uma empresa de limpeza. O empresário deveria instituir um sistema de limpeza no centro da Capital e se livrar do lixo.  Então, o francês passou a contratar homens para limpar a cidade e transportar o lixo urbano para a Ilha de Sapucaia, na Baía da Guanabara, que era usada de aterro para resíduos. 

Como o uniforme usado pelos limpadores tinha estampado no bolso da camisa Aleixo "Gary", esses profissionais passaram a ser chamados pelo sobrenome do empresário e o nome pegou. Virou oficial e entrou em nosso dicionário.


Texto - @joelpaviotti

sexta-feira, 17 de setembro de 2021

OS MILITARES “INVENTAM” O FGTS PARA AJUDAR O CAPITAL * Ernesto Germano Parés / RJ

 PARA NÃO ESQUECER – 13 DE SETEMBRO DE 1966


OS MILITARES “INVENTAM” O FGTS PARA AJUDAR O CAPITAL
(Ernesto Germano Parés/RJ)
*
O que hoje é uma discussão latente no meio dos trabalhadores e um objetivo fixo dos terraplanistas que servem ao ex-capitão, o fim da Previdência Social Pública e do FGTS, tem uma história pouco conhecida pela classe trabalhadora.
*
Na verdade, nem sempre existiu o chamado Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) do Brasil. Esse organismo foi criado em 1966 diante de uma necessidade dos militares que haviam dado o golpe no país de controlar uma imensa fatia da renda acumulada pelos trabalhadores.
*
O que existia antes do INPS? Qual a segurança que os trabalhadores tinham?
*
Desde o início do movimento sindical no Brasil, nos primeiros anos do século passado, os trabalhadores já defendiam a criação de “caixas de pensões” seguindo o modelo obtido pelos trabalhadores anarquistas italianos. Mas a luta só foi atendida em 1923, com a Lei 4.682 que reconhecia a “Caixa de Aposentadoria e Pensões dos Ferroviários”. Mas essa “Caixa” atendia apenas aos trabalhadores de empresas privadas. As estatais estavam de fora.
*
Essa “Caixa” era administrada por um Conselho de Administração eleito pelos próprios trabalhadores, com pessoas que eram trabalhadores daquela profissão. Não existam técnicos, especialistas ou administradores como hoje, servindo de cabide de emprego para militar aposentado.
*
E um importante detalhe: todos os empregados das empresas com mais de seis meses de casa eram sócios obrigatórios das caixas, com direito de votar e ser votado para os Conselhos. O regime de contribuição era tríplice: os empregados contribuíam com 3% de seu salário mensal, a empresa com 1% de sua renda bruta e o governo federal com a receita arrecadada através da cobrança de taxas sobre os serviços ferroviários. Tudo administrado pelo Conselho.
*
Três anos mais tarde esse direito chegou também para os trabalhadores das estradas de ferro exploradas pela União, pelos estados e pelos municípios, mas, pela primeira vez, o governo tentava ter voz na administração das Caixas e tudo ficava sob fiscalização do Conselho Nacional do Trabalho (CNT), um “penduricalho” do Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio.
*
Apenas em 1933 o modelo começa a se espalhar em outras categorias profissionais e surgem os chamados Institutos de Aposentadora e Pensões. São criados o IAPM (dos Marítimos - 1933), o IAPC (dos comerciários - 1934), o IAPB (dos Bancários – 1934) e o IAPI (dos Industriários – 1936).
*
Em 1934 foi criada a Caixa de Aposentadoria e Pensões dos Trabalhadores em Trapiche e Armazéns de Café, mas, em 1937 se tornou no Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Empregados em Transportes e Cargas (IAPETEC), incluindo em seus quadros novos e importantes grupos profissionais, como os empregados em empresas de transportes e de petróleo e os motoristas de táxi.
*
Em 1938 foi criado o Instituto de Previdência e Assistência aos Servidores do Estado (IPASE).


Não vamos aqui alongar demasiadamente essa história. Posso desenvolver mais tarde, se for da vontade de vocês. Mas é importante dizer que toda essa estrutura era administrada por Conselhos eleitos pelos próprios trabalhadores daqueles setores profissionais.
*
Mais importante ainda é destacar que documentos existentes em vários arquivos e bibliotecas demonstram que TODOS eram superavitários. Ou seja, não havia o “rombo” da Previdência. Ou é o “roubo” da Previdência?
*
O companheiro que é do Rio de Janeiro sabia que o antigo Hospital General do Nascimento Vargas, hoje Hospital Federal de Bonsucesso (HFB), foi criado pelo IAPETEC (Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Empregados em Transportes e Cargas)?
*
O ataque começou pouco antes do golpe militar. Em 1951 o então deputado Aluísio Alves, da UDN (tinha que ser, não é?), com a colaboração de “técnicos” em previdência social, elaborou o projeto de uma única lei orgânica para o sistema previdenciário.
*
E chegamos ao nó da questão. Logo depois de chegarem ao poder, os “generais” resolvem tomar medidas na gestão da Saúde. E tudo foi centralizado. A partir de 1966 (Decreto-Lei 72, de 21 de novembro de 1966) o Governo militar cria o INPS (Instituto Nacional da Previdência Social) tomou para si todos os Institutos de Pensão e Aposentadoria (IAPs).
*
Os militares e seus tecnocratas ainda tinham outros trunfos escondidos para assegurar o lucro fácil sobre os trabalhadores. Afinal, tinham sido levados ao poder para garantir o grande capital internacional e a maior exploração sobre os trabalhadores.
*
Em 13 de setembro de 1966, é assinada a Lei que acabava com a Estabilidade no Emprego e criava o FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço).
*
É necessário dizer, em primeiro lugar, que Estabilidade no Emprego havia sido uma conquista do movimento operário, depois de muita luta e de greves. Depois de 10 anos trabalhando em uma só empresa, o trabalhador adquiria a estabilidade e só poderia ser demitido em caso de falta grave. Quando era demitido com menos de 10 anos tinha direito a uma indenização correspondente a um salário por ano trabalhado, além do aviso prévio de 30 dias. E isto era visto como um problema para os patrões que alegavam que os salários dos trabalhadores mais antigos serviam para “puxar” os outros salários. Ficava caro para uma fábrica mudar-se para outra cidade e indenizar todo mundo. A rotatividade da mão-de-obra era pequena e isto prejudicava o lucro do empresário.
*
É aí que os tecnocratas têm uma “ideia fantástica”: acabam com a estabilidade e criam um Fundo em que o trabalhador não tinha participação de sua administração e do qual só podia lançar mão quando era demitido, aposentado, etc. O resto do tempo o governo ia usando o Fundo para seus interesses. Não havendo mais indenização a ser paga era mais fácil para o patrão demitir. Começou aí a elevação da rotatividade da mão-de-obra brasileira.
*
Os salários iam caindo, e os trabalhadores que não “optavam” pelo novo sistema não conseguiam emprego. Os que já tinham a estabilidade ou estavam próximos de obter iam sendo pressionados de toda maneira, obrigados a “acordos”, separados dos demais, discriminados pela chefia e mandados para setores diferentes, recebiam os piores trabalhos, etc. Estava estabelecido o sistema através do qual os patrões iam alcançando mais lucros e os trabalhadores perdendo a dignidade.


A lei 4.330 proíbe as greves, o FGTS substitui a estabilidade no emprego, as horas extras passam a ser regulamentadas e os índices salariais só são dados pelos cálculos do Ministro Roberto Campos (Lei 4.725, conhecida como “Decreto do Arrocho”). O novo regime passa a nomear os “pelegos-interventores” para os sindicatos e uma forma de repressão é inaugurada: os novos “dirigentes” convocam assembleias que eram vigiadas e fotografadas pela polícia que, ao final, dava voz de prisão para os que mostrassem mais combatividade e se destacassem. Era a política de “matar a criança antes que nascesse”. Além disso os sindicatos passam por nova onda assistencialista com grande incentivo do governo para os serviços médicos e odontológicos.
*
Agora o desgoverno do insano quer ampliar a exploração sobre os trabalhadores utilizando novos instrumentos criados pelo pensamento neoliberal. Privatização da Previdência e trabalho flexível sem direito a FGTS.
*
PRECISAMOS CONTAR A NOSSA HISTÓRIA, PARA RESISTIR!
*
MAIS DO QUE NUNDA, SOCIALISMO OU BARBÁRIE!
*
Nas imagens: 01) prédio abandonado do IAPETEC no Rio; 02) o antigo conjunto habitacional do IAPI (Penha); 03) o antigo Hospital do IPASE
PS. Usei imagens apenas do RJ, mas existiam em todo o país.

domingo, 5 de setembro de 2021

Cuando la historia se escribe luchando * Gustavo Espinoza M

Cuando la historia se escribe luchando: 

La Federación Sindical Mundial y su perspectiva histórica.
 (Parte 1).

En la historia de los pueblos, la lucha de los trabajadores ha jugado siempre un rol protagónico. La confrontación de clases, su dinámica y su propia fuerza, han sido siempre el telón de fondo del desarrollo humano. La experiencia de la lucha de los pueblos contra la opresión y la violencia, ha dejado una huella indeleble en todos los confines  del planeta.
La historia de la Federación Sindical Mundial, su origen y sus luchas, se entronca con este proceso de desarrollo en el que la fuerza de millones de hombres y mujeres de todos los países, ha acicateado la rueda de la historia. Veamos. 
*

sábado, 4 de setembro de 2021

A existência de nove Centrais Sindicais no Brasil é uma anomalia * Valério Arcary/Brasil247

A existência de nove Centrais Sindicais no Brasil é uma anomalia
Valério Arcary / Brasil247

"Por definição, uma Central sindical é uma união de sindicatos com o objetivo de garantir uma representação unificada de classe diante das organizações dos capitalistas e do Estado. A defesa da independência política dos trabalhadores diante do Estado e dos capitalistas justifica a existência de uma Central sindical", escreve o dirigente político Valériio Arcary, colunista do Brasil 247

sexta-feira, 3 de setembro de 2021

O suicídio de Getúlio Vargas * Ernesto Germano Parés/RJ

 O SUICÍDIO DE GETÚLIO VARGAS

(Ernesto Germano Parés/RJ)

*

Getúlio Vargas é uma figura controvertida e muito debatida até hoje por parcela dos que estudam o movimento social no Brasil. De ditador vinculado ao nazismo a nacionalista defensor do independentismo, atravessou uma fase história brasileira e teve os seus governos permeados pela participação dos trabalhadores organizados.

Suicídio de Getúlio Vargas * Ernesto Germano Parés/RJ 

*

segunda-feira, 2 de agosto de 2021

A VOLTA À CENA POLÍTICA BRASILEIRA * Ernesto Germano Parés/RJ

A VOLTA À CENA POLÍTICA BRASILEIRA

(Ernesto Germano Parés/RJ)
*
O dia 12 de maio de 1978 marca o retorno dos trabalhadores ao palco principal dos acontecimentos. Na fábrica de caminhões da Scânia Vabis, em São Bernardo, os metalúrgicos chegam, abrem o ponto, dirigem-se aos locais de trabalho e nada acontece! Silêncio absoluto nas máquinas, a produção está parada. Era um novo tipo de movimento conhecido como “braços cruzados, máquinas paradas”. Diria um metalúrgico, quando foi entrevistado por um jornal de São Paulo: “se o patrão não ouve nossas reclamações porque as máquinas fazem muito barulho, paramos as máquinas para ele ouvir melhor”!
*

domingo, 1 de agosto de 2021

Atentado contra Cuba em Paris * Central de Trabalhadores de Cuba / CU

 ATENTADO CONTRA CUBA EM PARIS

Central de Trabajadores de Cuba

Declaración

La Central de Trabajadores de Cuba y los Sindicatos Nacionales, condenamos enérgicamente el vil ataque terrorista perpetrado contra la Embajada cubana en la República de Francia,  causando daños materiales considerables. De igual modo los intentos por realizar hechos de similar naturaleza en otros países contra sedes diplomáticas. 

Estos sucesos  forman parte  de las continuas campañas que hacia nuestra nación alientan estas conductas  desde territorio de los Estados Unidos, con la impunidad que les garantiza el gobierno de ese país.

Denunciamos las plataformas del ciberespacio que están incitando  al odio y a la violencia  contra  las misiones cubanas en el exterior, violando todas las normas del derecho internacional.

Son tiempos difíciles agravados por la  Pandemia que azota a la humanidad  y  los cubanos vivimos con marcada intensidad los efectos del  cruel Bloqueo del imperio yanqui en su obsesión de doblegarnos por hambre y necesidad. Nuestra decisión es: resistir, vencer y desarrollarnos.

Les  agradecemos las acciones de solidaridad realizadas desde todos los continentes por  organizaciones sindicales internacionales y amigos del mundo.

Los convocamos a condenar hechos brutales como estos, con los cuales el gobierno de  Estados Unidos pretende recrudecer la hostilidad contra Cuba y empañar el ejemplo de paz y soberanía nacional. ¡No al terrorismo y la violencia!

Secretariado Nacional. CTC

Cuba

quinta-feira, 29 de julho de 2021

Situação brasileira * Jornal dos Trabalhadores/MBO

SITUAÇÃO BRASILEIRA

Caminhoneiros,carteiros, entregadores, uber, servidores públicos, todos somos alvos do mesmo algoz: O CAPITAL. Os interesses dos investidores não miram apenas num único setor produtivo. Eles compram títulos nas bolsas de valores baseando-se apenas na perspectiva de lucro. Daí, a política chamada neoliberalismo, IMPOSTA PELO IMPERIALISMO DAS GRANDES POTÊNCIAS; ela busca tomar dos países tudo aquilo que é importante para a vida nacional, tanto dos governos como dos trabalhadores.Nesse jogo, quem nunca perde é o empresariado. 


No caso do TRANSPORTE - caminhoneiros, carteiros e entregadores, uber - o pulo do gato está no máximo de serviço com o mínimo de custo: lucro certo. A situação dos SERVIDORES PÚBLICOS é um pouco diferente, mas como envolve vários ramos de atividade, o empresariado está de olho, principalmente, no usuário: vide Caixa Econômica, saúde, educação, segurança etc. 



Por isso a PRIVATIZAÇÃO: ela tem dois objetivos embutidos =1- tomar do Poder Público ( Federal, Estadual e Municipal) suas melhores fontes de renda. Isso leva ao enfraquecimento do Estado/Poder Público diante do setor privado/empresariado. 2 - A privatização é um arranjo jurídico feito para jogar fora o patrimônio público construído com o nosso suor e promover o enriquecimento de grupos empresariais que financiam a corrupção política, através de propinas, como os escândalos da compra de vacinas. Isso geralmente acontece com a "venda" do setor pelo preço mínimo avaliado, "por eles mesmos."

É o que está acontecendo agora - julho de 2021 - com o Brasil. Todos os segmentos econômicos citados acima estão na mira do capital internacional. No caso dos trabalhadores por aplicativos - uber, entregadores - são vítimas de empresas em sua maioria multinacionais, como a AMAZON, a gigante do comércio virtual, e tem como aliados o Magazine Luiza e a Mercado Livre.

Olhando assim, de cara, o "bicho" parece brabo. Mas não é. Prova disso é a greve dos trabalhadores da AMAZON no mundo todo, que pararam as atividades e enviaram a pauta de reivindicações. Como não é fácil ter um operador de telemarketing devidamente treinado rapidamente, a categoria saiu vencedora. Portanto, a saída é união. 

E NO BRASIL

No Brasil não é diferente. Caminhoneiros, carteiros, entregadores e uber podem tranquilamente articular um movimento unitário e parar o setor. Isso pode levar algum tempo, mas não é impossível, principalmente se for viabilizado diretamente, entre os trabalhadores, sem centrais sindicais pelegas nem sindicatos vendidos aos patrões.Basta organizar assembleias regionais, até mesmo conjuntas, para fechar a pauta de reivindicações, eleger uma comissão de representantes e encaminha-la ao representante patronal. Simples assim...

CUIDADO COM OS INIMIGOS

Nosso principal inimigo é o CAPITAL.Não tenhamos dúvida. Mas entre nós trabalhadores e os patrões tem um elemento muito perigoso: O SINDICALISMO PELEGO. Ele vive de propinas pagas pelos patrões para nos arrastar ao matadouro. Isso acontece em nome dos sindicatos - sustentados por nós - que vão até ao patrão e se propõe a "resolver o problema": NÓS. E a solução sem sombra de dúvida é sermos eliminados do emprego, geralmente sob ameaças. 

No Brasil, neste momento, não temos nenhum sindicato nem central sindical dignos desses nomes, pois estão todos comprados. Haja visto a comodidade de todos eles perante a cassação de nossos direitos trabalhistas e sociais com as ditas REFORMAS. Nenhum chamou a  sua categoria para ir à luta, com mobilizações, vigílias em Brasília ou GREVE GERAL. Ou seja, todos estão recebendo dividendos com essa farra do empobrecimento dos trabalhadores e do povo brasileiros.

PORTANTO, nossa luta é contra os imperialistas do Brasil e do mundo e o mínimo a fazer é

 GREVE GERAL 
CONTRA AS PRIVATIZAÇÕES
E AS REFORMAS ! 

FORA BOLSONARO E OS GOLPISTAS, 
FORA O IMPERIALISMO!!
!!!

segunda-feira, 19 de julho de 2021

24 de julho – TODOS ÀS RUAS! * Movimento Brasil Operário / MBO

 24 de julho – TODOS ÀS RUAS!


FORA BOLSONARO, OS GOLPISTAS E O IMPERIALISMO!! 
TODO APOIO À REVOLUÇÃO CUBANA!!
TODO PODER AOS TRABALHADORES!!

A situação dos trabalhadores e do conjunto do povo brasileiro nunca esteve pior do que hoje. Mas isso se aprofunda quando incluímos a falta de atitude dos nossos sindicatos, das centrais sindicais, dos partidos pseudo-democráticos, progressistas, populares e da dita esquerda socialista. Todos, num imenso conluio, fingem de oposição no parlamento enquanto o patrimônio brasileiro e os nossos direitos escoam pelos ralos. Isso fica ainda mais triste quando nos lembramos de que certas personalidades se apresentam como candidatas à presidência em 2022. A conclusão que se tem é de que todos dormem um sono profundo estirados em berço esplêndido.

Enquanto isso o desemprego só aumenta. O custo de vida está se tornando insuportável e os produtos básicos do consumo familiar aumentaram mais de 40% durante a pandemia.

O Brasil está sendo “privatizado” a troco de nada e com um custo social obsceno.

A Eletrobras que ainda tinha 170 hidrelétricas foi “privatizada” pelo custo da Hidrelétrica de Belo Monte.

Os “CORREIOS” estão sendo entregues às ratazanas do comércio virtual.

Os campos de petróleo estão sendo doados por menos de 10% do valor de mercado e ainda sem licitação.

A CEF - Caixa Econômica Federal está na fila da privatização.

A PEC 32 ameaça converter todo o funcionalismo em pária.

A saúde se encontra em frangalhos rumo à privatização. O mesmo acontece com a educação pública.

Se os nossos 542 mil mortos fossem bancos, Bolsonaro os teria resgatado.

POR ISSO PROPOMOS:

Fim das privatizações e reversão das que já foram feitas, sob o controle dos trabalhadores organizados em comissões

Cancelamento da ultra corrupta dívida pública (que hoje consome mais de 40% do Orçamento Público Federal)

Aumento do salário mínimo para o valor equivalente hoje a R$ 5.000

Aumento do orçamento destinado para a saúde e educação públicas para 15% do orçamento público em cada setor

Amplo programa de obras públicas, com o objetivo de gerar um amplo programa de geração de empregos

Por um governo de trabalhadores!!!
***

quinta-feira, 8 de julho de 2021

LA FSM CONDENA LOS ATAQUES CONTRA TRABAJADORESYSINDICALISTAS EN VENEZUELA * Federação Sindical Mundial / FSM

LA FSM CONDENA LOS ATAQUES CONTRA TRABAJADORESYSINDICALISTAS EN VENEZUELA

 FEDERACIÓN SINDICAL MUNDIALClasista - unitaria - democratica - moderna – independiente – internationalista! 

Atenas, el 06.07.2021

LA FSM CONDENA LOS ATAQUES CONTRA TRABAJADORESYSINDICALISTAS EN VENEZUELA

 

La Federación Sindical Mundial (FSM), por parte de sus 105 millonesdemiembros en 133 países de todo el mundo, condena el hostigamiento, larepresión y criminalización de la acción de trabajadores y sindicalistasenVenezuela, quienes son injustamente sometidos a procesos judiciales, arrestados y encarcelados por reivindicar sus derechos y mejorescondiciones de trabajo. 


Hoy en día, hay decenas de trabajadores presos, otros bajo arrestodomiciliario, otros con juicios pendientes contra ellos. El movimientosindical mundial de clase exige la excarcelación inmediataylaanulación de las persecuciones penales contra ellos. Pedimos quecesenlas detenciones, judicializaciones, encarcelamientos y defendemosel respeto de los derechos y libertades sindicales y democráticas delasylos trabajadores de Venezuela. 


Expresamos nuestro apoyo y solidaridad a los militantes encarceladosyasus familiares, asimismo a la lucha de la Central Unitaria de TrabajadoresdeVenezuela (CUTV) y del Frente Nacional de Lucha de la Clase Trabajadora(FNLCT) contra prácticas anti-obreras, anti-sindicales y anti-democráticas. 

Como somos firmes contra las intervenciones imperialistas de EEUUysusaliados conta Venezuela, de la misma manera somos igualmente firmesenlos principios de las libertades sindicales. 

El Secretariado

40, ZAN MOREAS, ATENAS 11745 GRECIA 

TEL. (+30) 2109214417, (+30) 2109236700, FAX (+30) 210 9214517 www.wftucentral.org E-MAILS : info@wftucentral.org, international@wftucentral.org

***

quinta-feira, 1 de julho de 2021

Comitê em Defesa dos Correios * Alejandro Acosta/MG

  Comitê em Defesa dos Correios

Vários trabalhadores dos Correios lançaram o Comitê em Defesa dos Correios com o objetivo de lutar contra a privatização, a defesa dos serviços sociais prestados (tais como as entregas dos materiais do ENEM e das prefeituras), assim como a defesa dos empregos.

O Comitê irá impulsionar uma campanha nacional com o objetivo de mobilizar os trabalhadores e a população na defesa desse importante patrimônio que está sendo intencionalmente sucateado para entrega-lo aos abutres capitalistas.

Sempre as privatizações dos serviços públicos foram seguidas do aumento sensível das tarifas, que são aplicadas contra a população como se fossem impostos.

A qualidade dos empregos gerados sempre são muito piores aos eliminados, até porque os abutres capitalistas buscam maximizar os lucros em cima do sangue e suor dos trabalhadores.

O Comitê irá utilizar vários mecanismos de propaganda com o objetivo de sensibilizar e mobilizar o povo brasileiro. Serão confeccionados banners, memes, matérias, abaixo assinados, vídeos, áudios. Buscaremos lançar outdoors, entrevistas nas rádios etc.

Em outras palavras, o Comitê irá promover uma série de atividades para enfrentar a entrega devido à inoperância das direções dos sindicatos atuais e dos partidos políticos. Todos eles atuam ajudando o Governo Bolsonaro a massacrar o Brasil.

O presidente da Câmara dos Deputados, o bolsonarista Artur Lira anunciou que colocará em pauta da privatização dos Correios já neste mês de julho, buscando que seja tão simples como a privatização da Eletrobras.

Vamos discutir com os trabalhadores e a população a importância de enfrentarmos o massacre do Brasil. Usemos esta campanha de propaganda como um instrumento para impulsionarmos a luta.


Por um Correios a serviço do Brasil!

Por 250 mil empregos concursados, conforme recomendação da União Postal Universal.

Os Correios são nossos!

Trabalhadores uni-vos já!


ALEANDRO ACOSTA/MG

membro do Conselho Editorial do jornal GAZETA REVOLUCIONÁRIA