quinta-feira, 31 de agosto de 2023

LULA FORÇA GREVE DOS SERVIDORES FEDERAIS * Movimento Brasil Operário-MBO

LULA FORÇA GREVE DOS SERVIDORES FEDERAIS
Indignação, revolta, insatisfação generalizada, é o resultado da reunião dos servidores federais com a "Mesa de Negociação". Isso demonstra o emaranhado de conchavos que o "governo lula/alckmin" representa. Sua submissão ao capital aliada à farsa de pacificação e reconstrução nacional se desmascaram a cada dia. A frieza e indiferença ante as reivindicações apresentadas pelos trabalhadores do serviço publico federal é de dar calafrios. Os olhares gelados e as respostas lacônicas fariam Hitchcock se arrepiar.
Ninguém desconhece a situação politica e econômica do mundo atual, de queda de lucros e insegurança nos investimentos, geradas basicamente pela beligerância imperialista, promovendo guerras e instabilidades aonde os seus negócios vão de mal a pior. Também conhecemos bem sua sanha pelo alheio, afanando as riquezas nacionais aonde bem entender. Haja visto o assalto à PRETROBRAS e tantas estatais brasileiras, desde sempre, mormente do GOLPE 2016 até agora. É sabida a sua preferência e promoção de regimes fascistas e genocidas, sobretudo na América Latina, aonde o Brasil foi alvo de um governo genocida "bozonazifscista" por quatro doloridos anos. Ainda é muito cedo para comemorarmos a vitória nas eleições de 2022 sob o lema de DESNZIFICAÇÃO DO BARSIL, até por que o resultado parlamentar não inspira tranquilidade. O "trumpazo" do 8 de janeiro bem o registra. Mas o combate foi árduo, diga-se de passagem, para ambos os lados.
No entanto, o andamento da gestão lula/alckmin causa preocupação. O arrazoado de concessões ao capital, com compra de apoio parlamentar e maracutaias ministeriais, são de tirar o sono. E a cada dia isso se eleva, com o chefe do executivo fazendo um papel de pseudo-porta-voz do governo que deveria ser seu. Andam resmungando pelas alcovas que o "lula não governa". Isso nos leva a crer que o embate contra o "bozonazifascismo" nas urnas e nas ruas se esvaneceu. Parece que virou lenda urbana ou episódio da "ILHA DA FANTASIA'. Daí se depreende que precisamos relembrar-lhe que tem uma dívida conosco. Afinal, os trabalhadores em geral, e os servidores públicos em especial, entre os quais os federais, estão amargando perdas salariais sucessivas, que remontam aos tempos 'sarney-fhc". Portanto, é inconcebível uma proposta de "...até 1%..." Isso soa mais a uma ofensa do que a algo oriundo de um governo eleito sob expressiva participação popular.

Disso tudo entendemos apenas uma coisa: irmos à luta irremediavelmente. A greve é só uma questão de tempo. Mas lembre-se, depois não diga que não NEGOCIAMOS. 

"SÓ A LUTA GARANTE O DIREITO!"
*

quarta-feira, 30 de agosto de 2023

A ENFERMAGEM NÃO É CARNIÇA * Fórum de Trabalhadores da Saúde/FTS

A ENFERMAGEM NÃO É CARNIÇA
Fórum de Trabalhadores da Saúde
FTS
DR LUCAS
*
O Sindicato
(adaptado de "O Partido", de Bertold Brecht)

Mas quem é o sindicato?
Ele fica sentado em sua casa com telefone?
Seus pensamentos são secretos,
Suas decisões, desconhecidas?
Quem é ele? Nós somos ele: você, eu, vocês, nós
todos.
Ele veste a sua roupa, companheiro,
E pensa como a sua cabeça
Onde moro é a casa dele,
E quando você é atacado, ele luta
Mostre-nos o caminho que devemos seguir
E nós seguiremos com você.
Mas não siga sem nós o caminho correto
Ele é sem nós, o mais errado.
Não se afaste de nós!
Podemos errar e você ter razão.
Portanto, não se afaste de nós!
Que o caminho curto é melhor que o longo,
Ninguém nega.
Mas quando alguém o conhece
E não é capaz de mostrá-lo a nós,
De que nos serve sua sabedoria?
Seja sábio conosco! Não se afaste de nós.

BERTOLT BRECHT
*

ATAQUE DA FASCISTALHA

A Enfermagem Brasileira, como todas as demais categorias de trabalhadores do país, sofre com a penetração de organizações estranhas ao ofício. Isso não é novo, mas desde a ditadura militar de 1964 passou a ser uma constante, visível somente para o observador militante, aquele ativista social voltado para a organização da categoria enquanto parte da classe trabalhadora.

Há décadas assistimos ao surgimento de seitas nazifascistas no meio dos trabalhadores da saúde, especialmente a enfermagem. Seus objetivos sempre foram claros, e vão desde a prestação de serviço ao empresariado, caguetando o sindicalismo classista desde a base até à cúpula sindical, servindo de braço político dos partidos direitistas, e, na maioria das vezes, reprimindo até fisicamente àqueles membros da categoria que se destacam na atuação cotidiana em defesa dos direitos trabalhistas.

Notamos isso mais visivelmente nos últimos anos dentro da mobilização pela conquista do PISO NACIONAL DA ENFERMAGEM. Surgiram mais grupos na categoria do que furúnculos nos devoradores de amendoim.  Poderíamos citar todos, mas basta ilustrar com os mais agressivos: Soldados da Enfermagem, Movimento de Ativistas da Enfermagem Brasileira, União Nacional de Enfermagem, e o explicitamente bolsonarista GIGANTES DA ENFERMAGEM etc, fora grupos menos personalizados, como apóstolo enfermeiro, pastor enfermeiro, enfermeiro cristão, fulano da enfermagem, chico da saúde, mobiliza enfermagem, todos juntos formando uma verdadeira babel do ilusionismo ideológico com o fim de confundir os trabalhadores, levando-os a se hostilizarem mutuamente pelo político A ou B. 

Seria cômico se não fosse trágico, mas isso demonstra o desprestígio da profissão no mundo dos ofícios qualificados. Durante a elaboração deste texto, pedimos o apoio de um profissional aposentado para nos dar  sua opinião sobre a enfermagem, e ele resumiu "mercenarismo, prostituição e só...", pela falta de dignidade dos trabalhadores em se submeterem a um verdadeiro escravismo. Segundo ele, haja visto as décadas lutando pelo piso, coisa que bastava uma paralização bem feita, mas o que acontece é pura submissão ao patronato e à pelegada sindical.

Mas não para aí. A categoria profissional da enfermagem vem funcionando como um boi morto à beira da estrada, alimentando cães perdidos e urubus famintos.  É assim que os partidos políticos tratam os nossos "salvadores de vidas". Inclusive, lançam dezenas de colegas da categoria como candidatos a vereador
es e deputados, e os "pobres" coitados ficam se exaltando perante aos colegas, com os pífios resultados eleitorais, que diga-se de passagem, lhes rendem alguns centavos na bolsa dos votos vendidos. Há alguns que são promovidos pelas máfias milicianescas a suplentes e os imbecis passam o resto dos seus dias cantando loas a tal "sucesso". É de dar pena!

Tudo isso que estamos relatando é o espelho do sindicalismo da enfermagem, ou seja, sindicatos só de fachada, porque no fundo, só servem para tirar dinheiro dos trabalhadores e ajudar na sua exploração. Sequer, funcionam como os disk-denúncias. A conivência é tamanha que o trabalhador teme mais ao sindicato do que ao escravista que lhe explora. 

SANGUESSUGAS DE PLANTÃO

Mas ninguém imagina a última! A categoria se encontra em franco processo eleitoral para os CORENS, com eleições previstas para o mês de outubro. Neste momento seria de se esperar que os sindicatos promovessem debates onde se estudasse o modo de realização dessas eleições e os critérios para formação de chapas, inclusive trazer a conhecimento sobre a paridade do voto de enfermeiros, tecnicos e auxiliares. Seria de se esperar ainda alguma preocupação coma eleição para o COFEN: DIRETA OU INDIRETA? Há segmentos defendendo  ELEIÇÃO DIRETA PARA O COFEN. E então senhores sindicalistas, vão continuar de boca costurada? Vão, vão continuar em silêncio por que têm rabo preso. 

E não fica nisso! Agora, dentro do processo eleitoral para CORENs, a extrema direita - O BOLSONRISMO - decidiu se aproveitar da divisão dos trabalhadores em chapas "de-faz-de-conta" e acabam de lançar a criação de um partido político, dentre tantos que existem explorando a enfermagem. É o Partido da Enfermagem Brasileira-PEB, ou Partido Brasileiro da Enfermagem-PBENF. Poderíamos menosprezar esses nomes por suas feiuras, mas é bom considerar o altíssimo grau de mercantilismo político, uma vez que estamos às vésperas de uma eleição para prefeitos e vereadores em todo o território nacional. Portanto, esses mascates de porta-a-porta vão se vender por alguns vinténs ao primeiro coroné-eleitoral que lhes fizer uma "cantada...". O que lamentamos é a enfermagem ser "vendida" por seu mercado de votos, uma vez que somos milhares. 

CONCLUSÃO

Nós trabalhadores da saúde, especialmente os estratos de suporte dessa atividade, não somos lixo, nem trastes recicláveis, jogados à sanha da usura. O capitalismo já mostrou todas as suas garras contra os trabalhadores mundo a fora, mas contra nós foi ao máximo. Além da exploração sofrida no serviço público, somos sugados pelo setor privado similar à escravidão. Nesse segmento existem ferramentas marginais chamadas de cooperativas, algumas até com a dignidade do registro jurídico, mas em sua maioria, não passam de "fachadas" montadas a serviço do capital, e realizam o serviço das empresas sem nenhum vínculo legal, expondo pessoas em sua maioria "inocentes massacradas pela necessidade" aos riscos mais perigosos. Se sofrerem um acidente, são jogadas lá na calçada. Essas pessoas trabalham sem EPIs, sem uniformes e sem jornadas definidas. Esse tipo de "operação" ocorre com pleno conhecimento das entidades representativas, muitas inclusive a cargo de seus membros. Há inclusive "empresas" de dirigentes dos conselhos e dos sindicatos. 

Portanto, num emaranhado desses, como nós trabalhadores podemos nos defender? Não é fácil caminhar nesse pântano. Mas precisamos ir adiante. Precisamos garantir os nossos direitos, desde aqueles surrupiados pelas reformas "temmer-bolsonaro" até aos encaminhados pelos acordo coletivos nas campanhas salariais. No entanto, sem organização nossa, independente da pelegada x9 do local de trabalho e da direção do sindicato, não teremos força. Precisamos criar grupos por local de trabalho, por empresa, por região das cidades e dos estados, e articular o nosso movimento, movimento esse genuinamente dos trabalhadores da saúde, englobando todos os setores de suporte ao exercício dos serviços de saúde. E com isso dar um basta na urubusada bolsonarista e demais serviçais da exploração!

SINDICATO SOMOS NÓS,
NOSSA FORÇA E NOSSA VOZ!!

AMEAÇA BOLSONARISTA


*
Esta é a proposta e o convite do
FÓRUM DOS TRABALHADORES DA SAÚDE
FTS

APOIO

MOVIMENTO BRASIL OPERÁRIO
FRENTE REVOLUCIONÁRIA DOS TRABALHADORES
FRT

sexta-feira, 25 de agosto de 2023

ENFERMAGEM: PISO SALARIAL E DUPLO VÍNCULO * Fórum de Trabalhadores da Saúde-FTS

ENFERMAGEM: PISO SALARIAL E DUPLO VÍNCULO
Fórum de Trabalhadores da Saúde-FTS
FNE

Nestes últimos dias tem havido uma avalanche de fake news no seio da categoria de trabalhadores da enfermagem sobre o DUPLO VÍNCULO X PISO SALARIAL. 

SINDENFRJ

Seu objetivo maior foi desacreditar o atual governo, jogando a culpa até em seus subordinados. Acontece que o governo federal jamais iria atuar dessa forma, um vez que se trata de lei, da qual o mesmo é conhecedor.

No entanto, seus "cocorrentes..." da "opo$i$$ão" estão SIM cometendo irregularidades Brasil a fora. Dezenas de prefeitos não acataram a lei. Mas isso está sendo denunciado com toda força dos verdadeiros enfermeiros, e a lei será cumprida, doa a quem doer. 

DUPLO VÍNCULO É LEI e o PISO SALARIAL DA ENFERMAGEM TEM QUE SER RESPEITADO!!

NÃO SE INTIMIDE. DENUNCIE

(Foto: SINDENFRJ)

domingo, 20 de agosto de 2023

ENFERMAGEM DE CLASSE E DE LUTA * Fórum de Trabalhadores da Saúde-FTS

 ENFERMAGEM DE CLASSE E DE LUTA


1 - Nos últimos anos, a categoria da enfermagem começou a ocupar as atenções no cenário nacional, com mobilizações, atos públicos, passeatas, greves por diversas razões e, sobretudo, pela defesa do PISO SALARIAL, inexistente até então em nível nacional.


 2 - Das inúmeras reivindicações destacou-se a prioridade do PISO, que ganhou força e conquistou apoio político, seja dentro da categoria seja na sociedade, com diversas outras categorias apoiando as suas mobilizações, e até apoio parlamentar, sem o qual a conquista da aprovação do PL não teria sido possível. 


3 - Durante toda a sua mobilização notamos o seu crescimento organizacional, com o nascimento de diversos "movimentos de enfermeiros", alguns regionais, outros nacionais, mas todos padecendo de imensa confusão politico-ideológica. 


4 -  Até agora, podemos constatar a presença de estratos abertamente fascistas no seio dos trabalhadores da enfermagem, pra não dizer, da saúde em geral. Há muitos grupos camuflados em cooperativas prestadoras de serviço, como também disfarçados de ONgs. Como se trata de entidades de DIREITO CIVIL PRIVADO, só devem ser denunciadas no MINISTÉRIO PÚBLICO. Mas seus laços com partidos políticos de extrema-direita, ligados ao TERROR NAZISTA BOLSONARISTA, são fatores políticos explícitos e exigem a denúncia mais contundente possível, e isso está público dentro da categoria. Nesse sentido, o grupo mais violento que se formou até este instante é o GIGANTES DA ENFERMAGEM. Ele dispõe de base parlamentar com vários vereadores,deputados estaduais, federais e senadores. Fala direto com o CENTRÃO E SUA FALANGE NAZIBOLSONARISTA.


5 - Sem dúvida que isso tudo é expressão do avanço do neonazismo mundial no Brasil e dentro da classe trabalhadora. Mas sua inserção na saúde não é à-toa. Trata-se de uma avaliação profundamente enraizada na ideologia da exclusão, da redução da humanidade, principalmente, eliminando os pobres e os mais indefesos. Razão de nossas considerações é a denuncia e constatação de "erros médicos que não são simples erros médicos"; denúncias quase corriqueiras de crimes horrendos cometidos por "enfermeiros nazistas" com a morte de pacientes, dentre outras resultantes de maus tratos recebidos em tratamento.


6 - Por tudo isso, a enfermagem não pode ficar indiferente, nem ficar calada ou se deixar intimidar por seitas nazistas incrustada no seu corpo profissional. A ENFERMAGEM NÃO MERECE ISSO.  Afinal é uma atividade fundamental da medicina e se iniciou quase que espontaneamente, através do voluntariado, principalmente na epidemias e guerras. É uma atividade profundamente humanista, vítima do mercantilismo, contra o qual lembramos que SAÚDE NÃO É MERCADORIA! 


Não podemos aceitar manipulação contra nossos interesses de ofício nem virar bonecos em suas manifestações a serviço de interesses espúrios. Nossa união enquanto trabalhadores exige respeito como exige respeito toda a nossa história de luta por reconhecimento, por melhores condições de trabalho, por qualificação condizente com os avanços científico-tecnológicos e por uma remuneração que nos dignifique.


7 - Portanto, o PISO SALARIAL NACIONAL é uma conquista histórica de toda a categoria da enfermagem, no que pese todas as nossas diferenças técnico-profissionais e políticas. Por isso faz-se necessário a mais sólida UNIÃO pra lutarmos pela jornada de trabalho de 30 horas, nacional e retroativa à aprovação do piso.


8 - Por tudo isso, nossa conclusão é chamar cada trabalhador da saúde, acima de nossas especialidades, a não servir de degrau a nenhum aproveitador bem-falante, cheio de discursos, pois geralmente vem pra nos vender  a algum partido-patronal ou político-nazista, uma vez que é só um cabo-eleitoral, caçando moedinhas. Para não cair em suas armadilhas, vamos nos unir em grupos por local de trabalho, vamos estudar nossa realidade. E vamos construir um futuro brilhante para todos.


UNA-SE AO

FÓRUM DE TRABALHADORES DA SAÚDE

FTS
MOVIMENTO BRASIL OPERÁRIO

sexta-feira, 4 de agosto de 2023

REMOÇÕES DE FAVELAS NO RIO DE JANEIRO * MARCO MARQUES PESTANA - RJ

 REMOÇÕES DE FAVELAS NO RIO DE JANEIRO

MARCO MARQUES PESTANA
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A DEGRADAÇÃO NEOLIBERAL DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E DOS DIREITOS SOCIAIS NO BRASIL * Wladimir Tadeu Baptista Soares/RJ

A DEGRADAÇÃO NEOLIBERAL DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E DOS DIREITOS SOCIAIS NO BRASIL

Desde a entrada em vigor da Constituição Federal de 1988, a elite brasileira vem, de forma contínua e cada vez mais atrevida, empenhando todos os esforços para destruir o núcleo duro da nossa Constituição Cidadã, principalmente por meio da aprovação de Propostas de Emenda Constitucional e de Leis que visam a transformação do Estado brasileiro - antes, um Estado Social - em um "Estado Neoliberal", impondo a todos os brasileiros um novo modo de existência no nosso país: trabalhadores cada vez mais sem direitos sociais e recebendo baixos salários, privatização dos serviços públicos sociais, destruição do meio ambiente, produção de da miséria, criação de castas de servidores públicos privilegiados na Administração Pública (militares das Forças Armadas, Magistrados, Procuradores, Promotores, Advogados Gerais da União, fiscais da Fazenda Nacional, deputados federais, senadores...) - todos aqueles que recebem os maiores salários da Administração Pública e detentores do direito à aposentadoria integral e paritária, em flagrante discriminação com relação a todos os outros servidores públicos do país.

A soberania nacional e a democracia não interessam ao neoliberalismo - um pensamento econômico, político e cultural que defende o individualismo, a competição destrutiva e a precificação de todos os serviços públicos e de todos os direitos sociais, negando os direitos humanos e criando a meritocracia com fundamento numa igualdade formal, onde as desigualdades sociais existentes são de responsabilidade do próprio cidadão, que é pobre, desempregado, analfabeto e desabrigado por sua própria culpa, já que, para os neoliberais, as oportunidades são as mesmas para todo mundo.

A proposta de reforma Administrativa que se pretende aprovar é aquela que introduz no interior da Administração Pública princípios liberais do mercado, que têm por finalidade estabelecer um novo Princípio - o Princípio da Supremacia do Interesse Privado Sobre o Intrresse Público, colocando a Administração Pública - e, por consequência, o próprio Estado brasileiro - submetido e subordinado às imposições, desejos e leis do mercado, perdendo a sua soberania.

O neoliberalismo é incompatível com a democracia, já que é uma doutrina do pensamento único, que não admite contestação. A transformação do Estado brasileiro em um Estado gerencial, com o argumento de torná-lo mais eficiente não tem se confirmado. Isso porque o Estado não é uma empresa, do meu modo que a gestão das finanças públicas não pode ser vista como sendo equivalente à uma gestão das finanças privadas de uma família.

Os princípios do direito público não são os mesmos princípios do direito privado; o regime jurídico administrativo de direito público não é igual ao regime jurídico administrativo de direito privado. O interesse público não é o mesmo do interesse privado.

Assim, o neoliberalismo atua praticando uma Necropolítica com a finalidade destrutiva de todos os direitos de cidadania, tornando o nosso país uma nação castas, onde as desigualdades e as injustiças sociais sejam uma realidade necessária para a manutenção do Império neoliberal, onde a dignidade da pessoa humana inexista como princípio e como fundamento dos nossos direitos humanos fundamentais.

Há nisso tudo um grande retrocesso civilizatório. E a questão que colocamos é: Quem vai ter a responsabilidade pública e a coragem de pôr um freio definitivo nas políticas públicas neoliberais e estabelecer uma correção de rumo, trazendo de volta o Estado Democrático e Social de Direito e de Direitos, conforme previsto no projeto de nação definido na nossa Constituição Cidadã de 1988?


Wladimir Tadeu Baptista Soares
Cambuci/Niterói - RJ
Nordestino
wladuff.huap@gmail.com
04/08/2023

ANEXO
ENFERMAGEM, JORNADA DE 30 HORAS JÁ!