terça-feira, 27 de abril de 2021

1º de Maio: Dia Internacional da Classe Trabalhadora * Movimento Brasil Operário/MBO

1º de Maio: Dia Internacional da Classe Trabalhadora
 O objetivo deste manifesto é manter viva a memória de luta advinda do trabalhador, não deixar que o 1º de Maio caia no esquecimento e seja descaracterizado. Temos que aproveitar os ensinamentos das lutas passadas de forma que sejam usados como subsídios às lutas de hoje. Nos Estados Unidos, assim como em quase todo o mundo, a jornada de trabalho era de 12, 14, podendo chegar até a 16 horas diárias no século XIX, sendo os trabalhadores terrivelmente explorados. Eis que 1886, com início na cidade de Chicago, o movimento operário respondeu com uma grande greve que se espalhou para todo o país. Esta greve geral pela redução da jornada de trabalho para oito horas diárias começou em 1º de Maio de 1886, paralisando as principais indústrias, já no dia 03 de maio, com vigorosos protestos populares os quais a polícia (que estava a mando da classe patronal) tratou de tentar dispersar com a violência, resultando em dezenas de feridos e nas mortes de importantes dirigentes do movimento operário dos Estados Unidos, conhecidos como “Mártires de Chicago”.

 Estes acontecimentos ficaram conhecidos como Revolta de Haymarket, e chamaram a atenção da solidariedade mundial. Três anos mais tarde, em 1889 na cidade de Paris, trabalhadores reunidos na Segunda Internacional Socialista deliberaram manifestar-se anualmente com o objetivo de lutar pelas oito horas de trabalho diárias, e a data escolhida foi justamente o 1º de Maio. Com o tempo, trabalhadores de todo o mundo – das fábricas, do comércio, da construção civil, do campo, etc – identificaram-se com a luta do povo de Chicago, a data passou a ser feriado em muitos países do mundo, e eis que nos tempos atuais a jornada de trabalho de 8 horas diárias é quase uma convenção em todo o mundo. 

Porém, com o passar do tempo, o 1º de Maio não só foi deturpado como as próprias conquistas hoje são exibidas como se fossem da agenda neoliberal. A classe dominante então se apossa do 1º de Maio, e a deturpa, domestica, para que o trabalhador esqueça sua história, transformando a data numa festividade antipedagógica com shows musicais, sorteios de carros, e palanque eleitoreiro propagando a enganação via pão e circo. 
O 1º de Maio é dia Internacional de Luta da Classe Trabalhadora, em homenagem e agradecimento aos heróis de Chicago contra a mesma elite que se esforça para nos fazer esquecer a origem desta data histórica. Nesse sentido, o Partido Comunista do Povo Brasileiro (PCPB), faz questão de relembrar à população seu posicionamento: Nossos direitos se fazem valer somente através da LUTA. Nenhum direito vêm de mão beijada, e todas as conquistas são retiradas se nós trabalhadores não nos organizamos. Não acreditamos em 'capitalismo humanizado', necessitamos construir um socialismo baseado na realidade brasileira, sem simplesmente copiar modelos. Faz-se necessário levar o movimento comunistas as massas, através do tripé organização, estudo e luta.

 “Escravos, Servos assalariados...travamos a luta mais antiga da humanidade.”
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