sexta-feira, 28 de julho de 2023

FOCO NA CLASSE E NA LUTA * Enfermeiro RAJ - PR

 FOCO NA CLASSE E NA LUTA

Foto:SINDENFRJ

Análise crítica conjuntural sobre a luta pelo piso nacional da enfermagem.


Gostaria de chamar atenção sobre algumas questões, em específico na categoria da enfermagem, ressaltando evidentemente, pontos  importantes que ao meu ver tem culminado negativamente com o insucesso momentâneo do nosso movimento, principalmente no que se refere aos atos de agitação e nas tentativas de greve recentemente:



1°- Ponto importantíssimo. A história já nos mostrou, e tem nos mostrado através da literatura, filmes, músicas  e  afins que a luta da classe trabalhadora ao longo dos tempos, contra os desmandos, exploração e sacrifícios vindos da classe dominante, neste caso na figura dos empresários, donos dos grandes engenhos do passado, donos de terras e donos de fábricas, sobre os trabalhadores, é algo sistêmico desde a sua concepção e inerente ao sistema capitalista, fruto da própria relação de trabalho ( patrão x empregado)  e que durante este longo processo de relação, algumas concessões ( direitos adquiridos) foram conquistados, sobre o custo de muita luta, e porque não, muito sangue também, e hoje nos encontramos sob a luz desta mesma realidade, ou seja, luta por direitos. No entanto, é preciso que enxerguemos a história como um todo aprofundando o entendimento em todo o seu processo, para que evidentemente tenhamos a sabedoria pra seguir, agir, avançar e concluir positivamente este processo árduo e desgastante de luta.  Ora, é mais do que sabido , principalmente pelos mais experientes e conscientes que a classe trabalhadora só conquistou alguma coisa ao longo dos séculos e nas longas páginas de sua história, lutando. De que forma? Principalmente *FAZENDO GREVE NAS FRENTES DAS GRANDE FÁBRICAS DO BARÕES, PATRÕES DONOS DO CAPITAL*A história está aí para ser lida, entendida e  interpretada. 


A situação atual da enfermagem é muito simples e não se diferencia em nada das demais categorias, inclusive do passado; pelo contrário,  é muito semelhante em quase todos os aspectos. E de que forma precisamos agir? Com enfrentamento organizado e pressão, sobre quem? Governos? Sim evidentemente, mas principalmente contra os DONOS DO CAPITAL, que é quem evidentemente dá as cartas e controlam todo o rito do que acontece em Brasília ou melhor no Brasil e no mundo, ou vocês acham que não? Basta ver quem são os donos dos principais hospitais, redes ou grupos de saúde no Brasil e onde muitos deles estão inseridos, quem foram os principais responsáveis em colocar o piso da enfermagem na situação que se encontra hoje, além dos ministros do STF? Sim! E a quem o STF obedece senão aos donos do capital? Quais os interesses por trás daqueles ministros, Gilmar Mendes, Barroso, Fux etc. Então, a tarefa básica para nós trabalhadores da enfermagem é simples, direcionar nossas forças  no rumo correto, A INICIATIVA PRIVADA, os grandes hospitais, seguindo o exemplo dos colegas guerreiros do Rio de janeiro. Agora imaginem só, um grande movimento de agitação e manifestação , (não precisa ser greve neste primeiro momento), em frente ao hospital Sírio Libanês, Einstein ou algum hospital de ponta de qualquer cidade do Brasil que atende pacientes de classe média ou alta.  Basta algumas manifestações para ver se não chamamos atenção, inclusive da mídia vendida que é gerida pelos donos do capital. Creio que a direção principal seja esta que devemos seguir, basta organização e força de vontade e principalmente consciência de classe.


2° Ponto:  definir como pauta principal a bandeira de luta da categoria, a enfermagem, deixando de lado, todo e qualquer viés ideológico partidário. E preciso sobretudo ter entendimento que trata-se de uma luta contra o sistema no geral, independentemente de quem esteja no poder, isto não quer dizer evidentemente que não se deve cobrar de quem está no poder, pelo contrário, é tarefa nossa, porém a cobrança deve ser feita nas ruas , através de manifestações organizadas e direcionadas e não com ataques rasos e sem base contra presidente A ou B dentro dos grupos, por que isto não agrega em nada. Pelo contrário, só fragmenta e enfraquece a união e organização dos trabalhadores dentro do movimento que é composta por pessoas de um universo plural ideológico de opiniões diversas e acaba gerando um sentimento de mal-estar dentro da organização. O desejo e anseio dos trabalhadores em um processo de emancipação e conquista é apenas um:  a vitória dos trabalhadores.


3° Ponto: As entidades de representação que infelizmente deixam e tem deixado muito a desejar tem sido um problema muito grave para nós, porque atendem interesses próprios e deixam a categoria sob a luz de sua própria sorte. Neste sentido é preciso compor o fortalecimento da base organizada, igual estes grupos do “gigantes” que nasceram da real necessidade e organização dos trabalhadores e que vem lutando a cada dia de forma séria e corajosa, porque foi formado por trabalhadores da base, sobre esta condição e entendimento. 


É preciso ações combativas contra o peleguismo sindical e presença massiva dos trabalhadores da base no interior destas instituições, para que se faça valer os reais desejos e anseios da classe trabalhadora, é preciso presença e participação dos trabalhadores, sobretudo em todas as entidades representativas( Sindicatos, Corens e cofens), na composição e direção do interior de suas estruturas. Em suma, a análise é esta, seguimos juntos, sempre, até a vitória final!

APOIO

Fórum de Trabalhadores da Saúde

Movimento Brasil Operário - MBO
Frente Revolucionária dos Trabalhadores/FRT

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