REFORMAS NA CASA GRANDE
terça-feira, 8 de dezembro de 2020
Reformas na Casa Grande * Movimento Brasil Operário/MBO
domingo, 25 de outubro de 2020
quarta-feira, 14 de outubro de 2020
Cinco mentiras para justificar a reforma administrativa * Movimento Brasil Operário/MBO
Socialismo Contra a Barbárie * Movimento Brasil Operário / MBO
RECLAMAÇÕES TRABALHISTAS
todo mundo conhece. Mas reclamações patronais nunca foram novidade.
O desejo do empresariado sempre foi de poder explorar o empregado a belprazer, sem se importar com saúde, condições físicas, jornada de trabalho, salário digno, ou seja, um "CONTRATO DE TRABALHO DIGNO", e não ESCRAVIZAÇÃO DO CONTRATADO.
Desde a pré-história, o fator TRABALHO sempre foi a fonte de todo sofrimento do ser humano, independente de gênero. Homens, mulheres e crianças sempre foram alvos da ganância dos usurários. Não precisamos pesquisar o mundo primitivo para provar isso. Basta vermos o filme "Irmão sol irmã lua" que conta a história de São Francisco de Assis, onde denuncia as condições de trabalho nas fábricas de tecidos da Itália, fator esse que causou um ataque de loucura no adolescente sensível que era o menino Francisco e que fê-lo destruir a fábrica do pai.
quinta-feira, 8 de outubro de 2020
domingo, 13 de setembro de 2020
PARA REFLEXÃO DO TRABALHADOR * Paulo Lindesay
PARA REFLEXÃO DO TRABALHADOR
Companheiros (as) todos estão preocupados com a proposta do governo de reduzir nossos salários, isso é muito importante, mas já está acontecendo, principalmente a partir do teletrabalho.
Se a administração pública obriga o aumento de produtividade no teletrabalho, isso significa o aumento da extração da MAIS VALIA, sem pagamento. O salário nominal é o mesmo, mas com aumento da sua produtividade, sem pagamento, você passou a ganhar menos.
É correto ou eu estou enganado?
Viu como é fácil explorar o trabalho, colocando o teletrabalho como uma oportunidade para pouco. Você trabalha mais, recebe menos, inclusive com perda de direitos e benefícios e assumindo o custo total da estrutura de trabalho.
É ou não é uma oportunidade para os trabalhadores (as)?
Em troca você não precisará, nunca mais, encarrar transportes públicos lotados.
É ou não é uma oportunidade, privilégio justo aos trabalhadores (as) em trabalho remoto?
Paulo Lindesay
terça-feira, 18 de agosto de 2020
Greve dos Profissionais da Educação e Retorno das Aulas * MBO
Greve Geral ECT * Movimento Brasil Operário / MBO / BR
GREVE GERAL ECT
sexta-feira, 7 de agosto de 2020
Regeneración * Ricardo/Henrique Flores Magon / Mexico
REGENERACIÓN
PERIÓDICO INDEPENDENTE DE COMBATE
Chefe de redación:
juan sarabia
*
#Regeneración fue un periódico anarquista fundado en la Ciudad de México por los hermanos Flores Magón el 7 de agosto de 1901, desde el cual se atacó la dictadura del general Porfirio Díaz, lo que provocó la persecución y el encarcelamiento de sus editores en múltiples ocasiones tanto en México como en los Estados Unidos.
Desde el exilio, Ricardo Flores Magon fundo el periódico en San Antonio (Texas) en 1904, en San Luis (Colorado) en 1905, en Canada en 1906 y en Los Angeles en 1908.
Se convirtió en la lectura de referencia de la clase obrera mexicana y mexicoamericana.
Debido a su línea editorial obrera y anarquista, el periódico fue atacado por las autoridades estadounidenses y su editor, Ricardo Flores Magon, arrestado por violar las leyes de neutralidad.
Considerada la publicación de mayor influencia para el cambio político y social en México necesario para la promulgacion de la Constitución de 1917.
domingo, 21 de junho de 2020
OPERÁRIO EM CONSTRUÇÃO * Vinícius de Morais - RJ
O OPERÁRIO EM CONSTRUÇÃO
Rio de Janeiro , 1959
E
o Diabo, levando-o a um alto monte, mostrou-lhe num momento de tempo todos os
reinos do mundo. E disse-lhe o Diabo:
- Dar-te-ei todo este poder e a sua glória, porque a mim me foi entregue e
dou-o a quem quero; portanto, se tu me adorares, tudo será teu.
E Jesus, respondendo, disse-lhe:
- Vai-te, Satanás; porque está escrito: adorarás o Senhor teu Deus e só a Ele
servirás.
Lucas, cap. V, vs. 5-8.
Era ele que erguia casas
Onde antes só havia chão.
Como um pássaro sem asas
Ele subia com as casas
Que lhe brotavam da mão.
Mas tudo desconhecia
De sua grande missão:
Não sabia, por exemplo
Que a casa de um homem é um templo
Um templo sem religião
Como tampouco sabia
Que a casa que ele fazia
Sendo a sua liberdade
Era a sua escravidão.
De fato, como podia
Um operário em construção
Compreender por que um tijolo
Valia mais do que um pão?
Tijolos ele empilhava
Com pá, cimento e esquadria
Quanto ao pão, ele o comia...
Mas fosse comer tijolo!
E assim o operário ia
Com suor e com cimento
Erguendo uma casa aqui
Adiante um apartamento
Além uma igreja, à frente
Um quartel e uma prisão:
Prisão de que sofreria
Não fosse, eventualmente
Um operário em construção.
Mas ele desconhecia
Esse fato extraordinário:
Que o operário faz a coisa
E a coisa faz o operário.
De forma que, certo dia
À mesa, ao cortar o pão
O operário foi tomado
De uma súbita emoção
Ao constatar assombrado
Que tudo naquela mesa
- Garrafa, prato, facão -
Era ele quem os fazia
Ele, um humilde operário,
Um operário em construção.
Olhou em torno: gamela
Banco, enxerga, caldeirão
Vidro, parede, janela
Casa, cidade, nação!
Tudo, tudo o que existia
Era ele quem o fazia
Ele, um humilde operário
Um operário que sabia
Exercer a profissão.
Ah, homens de pensamento
Não sabereis nunca o quanto
Aquele humilde operário
Soube naquele momento!
Naquela casa vazia
Que ele mesmo levantara
Um mundo novo nascia
De que sequer suspeitava.
O operário emocionado
Olhou sua própria mão
Sua rude mão de operário
De operário em construção
E olhando bem para ela
Teve um segundo a impressão
De que não havia no mundo
Coisa que fosse mais bela.
Foi dentro da compreensão
Desse instante solitário
Que, tal sua construção
Cresceu também o operário.
Cresceu em alto e profundo
Em largo e no coração
E como tudo que cresce
Ele não cresceu em vão
Pois além do que sabia
- Exercer a profissão -
O operário adquiriu
Uma nova dimensão:
A dimensão da poesia.
E um fato novo se viu
Que a todos admirava:
O que o operário dizia
Outro operário escutava.
E foi assim que o operário
Do edifício em construção
Que sempre dizia sim
Começou a dizer não.
E aprendeu a notar coisas
A que não dava atenção:
Notou que sua marmita
Era o prato do patrão
Que sua cerveja preta
Era o uísque do patrão
Que seu macacão de zuarte
Era o terno do patrão
Que o casebre onde morava
Era a mansão do patrão
Que seus dois pés andarilhos
Eram as rodas do patrão
Que a dureza do seu dia
Era a noite do patrão
Que sua imensa fadiga
Era amiga do patrão.
E o operário disse: Não!
E o operário fez-se forte
Na sua resolução.
Como era de se esperar
As bocas da delação
Começaram a dizer coisas
Aos ouvidos do patrão.
Mas o patrão não queria
Nenhuma preocupação
- "Convençam-no" do contrário -
Disse ele sobre o operário
E ao dizer isso sorria.
Dia seguinte, o operário
Ao sair da construção
Viu-se súbito cercado
Dos homens da delação
E sofreu, por destinado
Sua primeira agressão.
Teve seu rosto cuspido
Teve seu braço quebrado
Mas quando foi perguntado
O operário disse: Não!
Em vão sofrera o operário
Sua primeira agressão
Muitas outras se seguiram
Muitas outras seguirão.
Porém, por imprescindível
Ao edifício em construção
Seu trabalho prosseguia
E todo o seu sofrimento
Misturava-se ao cimento
Da construção que crescia.
Sentindo que a violência
Não dobraria o operário
Um dia tentou o patrão
Dobrá-lo de modo vário.
De sorte que o foi levando
Ao alto da construção
E num momento de tempo
Mostrou-lhe toda a região
E apontando-a ao operário
Fez-lhe esta declaração:
- Dar-te-ei todo esse poder
E a sua satisfação
Porque a mim me foi entregue
E dou-o a quem bem quiser.
Dou-te tempo de lazer
Dou-te tempo de mulher.
Portanto, tudo o que vês
Será teu se me adorares
E, ainda mais, se abandonares
O que te faz dizer não.
Disse, e fitou o operário
Que olhava e que refletia
Mas o que via o operário
O patrão nunca veria.
O operário via as casas
E dentro das estruturas
Via coisas, objetos
Produtos, manufaturas.
Via tudo o que fazia
O lucro do seu patrão
E em cada coisa que via
Misteriosamente havia
A marca de sua mão.
E o operário disse: Não!
- Loucura! - gritou o patrão
Não vês o que te dou eu?
- Mentira! - disse o operário
Não podes dar-me o que é meu.
E um grande silêncio fez-se
Dentro do seu coração
Um silêncio de martírios
Um silêncio de prisão.
Um silêncio povoado
De pedidos de perdão
Um silêncio apavorado
Com o medo em solidão.
Um silêncio de torturas
E gritos de maldição
Um silêncio de fraturas
A se arrastarem no chão.
E o operário ouviu a voz
De todos os seus irmãos
Os seus irmãos que morreram
Por outros que viverão.
Uma esperança sincera
Cresceu no seu coração
E dentro da tarde mansa
Agigantou-se a razão
De um homem pobre e esquecido
Razão porém que fizera
Em operário construído
O operário em construção.
***